segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Metamorfose

O dia amanheceu, o sol me acordou.
Olhei-me no espelho não era mais a mesma, algo mudou.
Não foi o tempo que passou nem as lembranças que ficaram.
Foram as transformações da minha alma, as feridas que não doíam,
as palavras que foram ditas, as lágrimas que caíram e as pessoas que feri.
Mudou, tudo mudou seguindo a velha sincronia do tempo.
Aceitar as mudanças não é nada fácil, não aceitá-las é se limitar em seu autoconhecimento.
Para uma boa semana Capital Inicial...



Dançando Com a Lua

Capital InicialComposição: Dinho Ouro Preto e Alvin L

Cuidado comigo eu não sou nenhum santo.
É tudo para sempre ou só por enquanto
Certas Palavras dizendo o oposto.

Vendi a minha alma para me ver no seu rosto.
Os outros que mentem, eu levo a fama.
Meus 15 minutos duram uma semana.

Bem feito pra mim mesmo, quem foi que mandou.
Agora é muito tarde foi embora acabou.

Dançando onde ninguém pode me ver.
Dançando pra tentar me esquecer.
Dançando pra fazer você voltar .
Dançando com a lua em seu lugar.

Me sobe a cabeça, me joga no chão.
É quase desespero de estimação.
Pergunto a mim mesmo porque é assim.
Igual pra todo mundo mas dói bem mais em mim.

Parece uma festa que não terminou.
Eu sou o convidado que nunca chegou.
A tarde me acalma, a noite me consome.
Outro problema que eu batizo com o seu nome.

(3 vezes)
Dançando onde ninguém pode me ver.
Dançando pra tentar me esquecer.
Dançando pra fazer você voltar.
Dançando com a lua em seu lugar.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Apogeu


Sempre me disseram que eu devo seguir em frente depois da queda,
mas não me falaram em que condições eu ficaria quando eu levantasse.

Aprendi que aqueles que amo podem me ferir profundamente deixando cicatrizes
imensas, não importa o quanto me decepcionaram, importa quanto os decepcionei.

A verdade sempre é o melhor caminho, mesmo que ele não seja tão simples
e existam obstáculos no percurso.

Entendi que o sorriso é a melhor arma contra o mal,
os amigos os melhores escudos e o silêncio o melhor aliado.

Aprendi que a felicidade não depende de um estado de espírito,
depende de boa vontade para aceitá-la.

Acredito nos meus sonhos, mesmo que pareçam impossíveis aos olhos dos outros.
E que a única coisa que se leva dessa vida é o amor que damos e recebemos.

Keli Wolinger

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Fizeram a gente acreditar...

Fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor pra valer, só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos. Não contaram pra nós que amor não é acionado, nem chega com hora marcada.
Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade. Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo. Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável.
Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada "dois em um": duas pessoas pensando igual, agindo igual, que era isso que funcionava. Não nos contaram que isso tem nome: anulação. Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável.
Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório e que desejos fora de hora devem ser reprimidos.
Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os que transam pouco são confiáveis, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto. Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto.
Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade. Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas, são alienantes, e que podemos tentar alternativas. Ah, também não contaram que ninguém vai contar isso tudo pra gente. Cada um vai ter que descobrir sozinho. E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz e se apaixonar por alguém.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Fórmula da felicidade

"A vida é aquilo que acontece enquanto fazemos planos para o futuro". (John Lennon)


Eu sempre estou em busca de mais.
Quero mais amigos, mais felicidade, mais amor, paz ousadia.
Mais coragem para encarar meus medos.
Quero mais sorrisos para espantar o tédio.
Quero ser feliz, porque hoje é um presente que não pode
ser vivido de passado ou esperado para o futuro.

Keli Wolinger

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

A Sociedade dos poetas mortos



Depois da tempestade, o silêncio para organizar os pensamentos, ritmar as batidas do coração e seguir o compasso de inflar os pulmões. Na Busca de encontrar o equilíbrio natural de tudo.

Eu sempre penso que cometer pequenos erros não é viável quando eu posso causar terremotos.

Eu caminhava sem saber muito bem onde queria chegar. Procurava por aquele feixe de luz no fim do túnel.

Não se pode adiar algo para sempre por mais catastrófico que possa parecer, o problema tem a exata precisão do seu medo.Não fuja de nada, pois sempre terá duas opções: encarar e se fortalecer depois a queda, ou procurar caminhos alternativos de fugir de tudo que te persegue.

A fuga tarda o encontro com a realidade, mas não impede que ela aconteça.

Nesta madrugada procurei o sono e ele relutava em aparecer. Desisti da busca e fui ouvir algo para relaxar. Algo que me fizesse refletir, que me acalmasse. Encontrei minha biblioteca musical de poesia.

A sociedade dos Poetas Mortos, a escolha do título para este acervo se deve ao fato de todas as músicas serem de grandes nomes que nos deixaram muito cedo e hoje fazem uma falta tremenda.Raul Seixas, Cazuza, Renato Russo, Nirvana, enfim nomes que marcaram gerações (inclusive minha adolescência =P) e que hoje são lembrados por terem vivido à frente do seu tempo.

Para esse momento da minha vida escolhi “A Cruz e a Espada” composição de Renato Russo, a letra é maravilhosa e a melodia relaxante.

Para todos um bom final de semana, abraços
Keli Wolinger.

A Cruz E A Espada
Legião Urbana

Havia um tempo, em que eu vivia
Um sentimento quase infantil
Havia o medo e a timidez
Todo um lado que você nunca viu

Agora eu vejo, aquele beijo
Era mesmo o fim
Era o começo do meu desejo
Se perdeu de mim

E agora eu ando
Correndo tanto
Procurando aquele novo lugar
Aquela festa
O que me resta
Encontrar alguém legal pra ficar

Agora eu vejo, aquele beijo
Era mesmo o fim
Era o começo do meu desejo
Se perdeu de mim (2x)

E agora é tarde
Acordo tarde
Do meu lado alguém que eu nem conhecia
Outra criança adulterada
Pelos anos que a pintura escondia

Agora eu vejo, aquele beijo
Era o fim, o fim
Era o começo do meu desejo
Se perdeu de mim (2x)

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Lucidez perigosa

Hoje é dia de Clarice....

Tenho paixão pelo modo que Clarice Lispector (Tchetchelnik Ucrânia 1925 - Rio de Janeiro RJ 1977) escreve. Como ela descreve a dualidade humana, as limitações, inconstâncias e o amor. Identifico-me com a sua escrita reflete um pouco do que eu também sou.
Keli Wolinger.





Lucidez Perigosa
Estou sentindo uma clareza tão grande
que me anula como pessoa atual e comum:
é uma lucidez vazia, como explicar?
assim como um cálculo matemático perfeito
do qual, no entanto, não se precise.
Estou por assim dizer
vendo claramente o vazio.
E nem entendo aquilo que entendo:
pois estou infinitamente maior que eu mesma,
e não me alcanço.

Além do que:
que faço dessa lucidez?
Sei também que esta minha lucidez
pode-se tornar o inferno humano
- já me aconteceu antes.
Pois sei que
- em termos de nossa diária
e permanente acomodação
resignada à irrealidade -
essa clareza de realidade
é um risco.

Apagai, pois, minha flama, Deus,
porque ela não me serve
para viver os dias.
Ajudai-me a de novo consistir
dos modos possíveis.
Eu consisto,
eu consisto,
amém.
Clarice Lispector

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Desassossego

“Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais:
mas pelo menos entender que não entendo.” (Clarice Lispector)


Não sei que dia é hoje, muito menos que horas são.
Busco respostas para as perguntas que ainda não criei. Navego no oceano de incertezas das minhas próprias decisões.
Espero por algo que ainda não sei bem o que. Derramo lágrimas por algo que não tem nome.
O medo me consome, mas a verdade me faz lúcida.
Meus pensamentos divagam,meus passos não sabem o caminho.
Não procuro me encontrar, prefiro me perder.
A solidão me faz companhia ela assim como eu está presa ao ar livre.
Estou na linha do trem tenho duas alternativas: fecho os olhos e encontro a luz, ou, permaneço na escuridão ouvindo meu silêncio.
Eu preferi mergulhar no desconhecido.
Keli Wolinger

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Desistência


Quando a razão fala mais alto....
Não me faça falsas promessas.

Não me deixe ilusões.
Meu coração te ama, minha razão não confia em você.

Não me escondo de você, me afasto do que você me causa.

Não procuro te encontrar. Procuro te esquecer.

Não desisti de você, desisti do que sinto em relação a ti.

Minha convicção falha, meu coração desacelera já te deixei ir, mas te peço, por favor, não volte não suportaria de ver partir novamente.

Keli Wolinger

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

A carta

"O amor não sabia que sua felicidade só pode existir na ignorância das suas razões."


Acabou. Foi tudo que ela pensou naquele instante enquanto as lágrimas desciam pelo seu rosto – Como pude seu tão cega e não perceber, refletia enquanto seus pensamentos davam voltas tentando encontrar um caminho.Ele estava parado junto à janela olhando para o nada enquanto repetia: - Não sei o que houve, não foi minha intenção magoar vocês duas, eu amo você isso é inegável, mas não posso dizer que não esteja muito atraído por ela.
As palavras a dilaceravam como navalha rasgando na carne. – O que está feito, está feito não se pode modificar. Você me traiu e isto é fato, não vou dizer que eu não te ame, apenas nesse momento minha dor impede de pensar em qualquer outra coisa que não seja te deixar.
- Por favor, não! É tudo que te peço ele balbuciou enquanto a viu desaparecer porta a fora.Eles não se falaram no decorrer da noite. Na manhã seguinte ela telefonou:
– Quero falar com a “outra”, quero vê-la e será essa noite. O silêncio do outro lado da linha a fez entender que era um sim.
A noite chegou, ela estava dentro do carro com ele em frente à casa d’outra. Tirou seu celular da bolsa passou para ele e disse: - Liga! Avisa que estou aqui e preciso falar com ela. Ele fez.
As duas se olharam por alguns instantes o silêncio falava por si só.
Então novamente ela disse: - Posso te entregar ele agora se você quiser, não irei mentir e dizer que não o amo foram muitos anos ao lado dele,também não mentirei que ele irá me procurar e nossos papéis irão se inverter você estará então no meu lugar. Vou apenas te pedir se afaste dele agora, não me peça explicações apenas faça, você irá entender.
Ambas se despediram e seguiram em silêncio para direções opostas. Ela entrou no carro e seguiu com ele. Desta vez ele iniciou a conversa: - O que vocês se falaram? – Nada, respondeu ela você verá.
O calor do momento passou e as emoções extremas deram lugar aos pensamentos acalentadores, o tempo foi cicatrizando as feridas que se abriram, ela havia o “perdoado”. O destino resolveu que não seria ele enganado pelo perdão, ele pregaria uma peça em ambos. O vento soprou suas folhas na linha do tempo e um certo dia “ela” recebeu uma carta.


“Obrigada! Você fez o que eu pedi e lhe sou grata por isso. Se você está recebendo esta carta é por que eu parti. Já sabia que deixaria este mundo quando falei com você naquela noite e te pedi para se afastar de nós. Não queria e não desejo seu mal, apenas gostaria de viver mais um pouco ao lado de quem tanto amei, agora não mais me restam dúvidas você cuidará muito bem dele. Desta forma sinta-se livre para amá-lo.”


Fim.


“O coração tem razões que a própria razão desconhece.” (Pascal)


Keli Wolinger

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

TOP OF MIND


É isso ai galera!Ganhei este selo(e repasso) do blog Tô Ligado! Do querido Brunno e para à brincadeira não parar indico mais alguns amigos.
Grata desde já pela indicação, abaixo as regras:

1. EXIBA A IMAGEM DO SELO "OLHA QUE BLOG MANEIRO"
2. POSTE O LINK QUE TE INDICOU
3. INDIQUE PESSOAS DE SUA PREFERÊNCIA
4. AVISE SEUS INDICADOS
5. PUBLIQUE AS REGRAS
6. CONFIRA SE OS BLOGS INDICADOS REPASSARAM OS SELOS E AS REGRAS
Eu indico:
(PS: Não consegui colocar os links. O primeiro deu certo os outros não, mas fica os endereços dos Blog's)

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Velha infância


Foi um pedaço de bolo. Não um bolo qualquer, mas aquele feito pela minha avó que me trouxe lembranças de um passado bom.
O feriadão reuniu a família, primos, tios, enfim... uma reunião fraternal e encontro de gerações. Há tempo minha avó não fazia bolo, desde que meu avô faleceu isso já faz uns 14 anos, mas dessa vez a pedidos ela fez.

Todos aguardavam por esse bolo não só pelo sabor (que diga-se de passagem, nunca haverá nenhum igual pode ser o da melhor confeitaria), mas pelo que ele representava. Era a lembrança, o sabor da infância, da família reunida todos os feriados e finais de ano, do tempo em que roubar biscoitos quentes do forno na casa da vó era para nós (os netos da geração coca-cola) o maior desafio.

Nasci e passei boa parte da minha infância em uma cidade do interior. Tenho uma família muito grande e meu avô comandava todos nós como um professor guiando sua classe. Ele sempre fez questão da família unida, como todos moravam perto tínhamos que cumprir um ritual, os finais de semana eram na casa dos patriarcas. Minha avó sempre fez as melhores comidas e como sempre tinha “aquele” bolo, era a maior festa todos os netos na cozinha aguardando para raspar as panelas dos recheios, lamber as colheres e choramingar para ganhar raspas de massa quentinha do forno.

Nesse tempo o quintal da casa deles se tornava um mundo encantado, junto com meus primos nós podíamos ser reis, rainhas, príncipes ou plebeus, subir em árvores comer fruta do pé, tomar banho debaixo de um pingo d’água e no final da tarde todos retornávamos para o castelo ouvir nosso avô contar histórias e cantarolar com seu violão.

A cada pedaço que eu colocava na boca e saboreava lágrimas desciam pelo meu rosto, não de tristeza, mas de felicidade porque naquela cidadezinha do interior onde passei a minha infância é onde obtive todos os conhecimentos e oportunidades para sonhar.

Cada pedacinho do bolo lembrava a cumplicidade do meu avô ao roubar os biscoitos do forno e distribuir aos netos dizendo “é um para cada um”, das brigas de travesseiro, de pular na cama ate cansar, do pique esconde, cabra cega e claro dos intermináveis dias para o fim do ano quando nossa maior aventura começava. Armar um plano para roubar as bolachas caseiras da vovó confeitadas de açúcar (hum... delícia), e montar a árvore de natal.

E assim se passavam os anos, até o dia em que meu avô faleceu (no mês do natal) a família se dispersou cada um seguiu seu rumo, o bolo jamais foi feito, as bolachas não foram decoradas e as cantigas silenciadas. O tempo passou a família não é mais mesma, pois tem as novas gerações, disso ficou o vazio, a falta de alguém que fazia tudo acontecer.
Foi um pedaço de bolo. Uma simples fatia de bolo que me fez retornar à infância.
Keli Wolinger

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Longe do que um dia eu fui

Emoções fragmentadas...

"Certas Palavras dizendo o oposto.Vendi a minha alma para me ver no seu rosto."(Capital Inicial)

Eu não desisti. Apenas parei de lutar.

Não significa que deixei de sentir as mesmas emoções de antes, apenas não as deixo me controlarem.

Não choro mais por você, as lágrimas que derramo são pelas lembranças de algo bom.
Não sofro com sua partida, aguardo o seu retorno.

Sua sombra não me assusta, sua voz não me enlouquece.

Caminho pelos mesmos lugares que antes, mais não mais como antes, pois não te procuro na multidão, te encontro nas minhas memórias.

Seu abraço não é mais meu porto seguro, ele é minha redenção.

Não tenho a pretensão de ser a única, mas que eu seja inesquecível no por enquanto.

Não sou a mesma de antes, mas serei sempre a mesma.

Keli Wolinger

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Insensatez


O que será verdade de fato? Não me detenho no conceito filosófico da palavra, mas no que ela representa. A minha verdade pode não ser a mesma de outro.
Tenho visto a tristeza bater na porta de pessoas que amo nos últimos dias. A visita inesperada chega sorrateiramente acompanha pela alegria, como a tristeza é esperta ela pede que sua amiga bata à porta e entre na frente.

Essa alegria parece verdadeira para quem sente e insana para quem vê. Porque para quem está do lado de fora da porta só consegue avistar parte da alegria, a tristeza ocupa o espaço vago da janela da alma que antes era da lucidez, que depois de perceber a armadilha da tristeza foi buscar consolo ao lado da esperança.

Como paixão e loucura caminham de mãos dadas à beira de um abismo, identificar a verdade dos erros se torna tarefa difícil para os olhos, pois estão cegos de euforia sendo guiados apenas pelo som da insensatez.

Atenho-me a fechar os olhos e oferecer meu ombro para que meus amigos dividam comigo seus fardos, e na minha verdade possa auxiliá-los a descobrirem as suas. Trilhando juntos o caminho da esperança guiados pelo raio emanado da lucidez.

Keli Wolinger

Dedicado a pessoas especiais na minha vida, as quais tenho muito carinho.
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