sábado, 26 de junho de 2010

É o Que tem para hoje...



Uma da mais belas declarações de amor que já ouvi....


IOLANDA
Chico Buarque


Esta canção nao é mais que mais uma canção
Quem dera fosse uma declaração de amor
Romântica, sem procurar a justa forma
Do que lhe vem de forma assim tão caudalosa
Te amo,
te amo,
eternamente te amo

Se me faltares, nem por isso eu morro
Se é pra morrer, quero morrer contigo
Minha solidão se sente acompanhada
Por isso às vezes sei que necessito
Teu colo,
teu colo,
eternamente teu colo

Quando te vi, eu bem que estava certo
De que me sentiria descoberto
A minha pele vais despindo aos poucos
Me abres o peito quando me acumulas
De amores,
de amores,
eternamente de amores

Se alguma vez me sinto derrotado
Eu abro mão do sol de cada dia
Rezando o credo que tu me ensinaste
Olho teu rosto e digo à ventania
Iolanda, Iolanda, eternamente
Iolanda

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Pensamentos livres


Se te espero não me alcanço.Se te sigo não me acho.
Se te encontro eu me perco.Confusão essa que nem sei se eu te quero e te procuro.
Porque te querer significa abdicar de mim e nessa inconstância de nós eu quero “ser” e não “estar”.
Keli Wolinger

sábado, 19 de junho de 2010

In Memoriam

"Dirão, em som, as coisas que, calados, no silêncio dos olhos confessamos?"
Mais um poeta que nos deixa. Mais um a fazer companhia para a Sociedade dos Poetas Mortos, que sua vida e obra permaneçam presente no coração de todos nós.
Continue a enaltecer as palavras onde quer que esteja José Saramago, mesmo quando você próprio não acreditava em uma vida não terrena.
(16/09/1922 - 18/06/2010)

Espaço Curvo e Finito

Oculta consciência de não ser,
Ou de ser num estar que me transcende,
Numa rede de presenças
E ausências,
Numa fuga para o ponto de partida:
Um perto que é tão longe,
Um longe aqui.
Uma ânsia de estar e de temer
A semente que de ser se surpreende,
As pedras que repetem as cadências
Da onda sempre nova e repetida
Que neste espaço curvo vem de ti.
Fisicamente, habitamos um espaço, mas sentimentalmente, somos habitados por uma memória.
José Saramago

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Reinício


Deixei-me consumir pelo inexato.
Pequenos fragmentos de sanidade tomaram conta de mim e me levaram por caminhos que quero, mas nem sei.
De tanto me perder acabei por me encontrar dentro do cárcere, que não aprisionava o corpo e sim algemava minha emoção.
Alienada por uma liberdade sufocante de culpas do passado deixei de existir. E quando minhas palavras se tornaram meu silêncio restou-me apenas a arte de proteger meu coração, abraçar-me e recomeçar tudo de novo.
Keli Wolinger

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Desapego


Ainda haverá sorriso entre as lágrimas, quando meus questionamentos interiores forem respondidos.
Das intermináveis buscas por me conhecer, lúcida das loucuras que me permito. De como é mais fácil gostar daquilo que não se conhece.
Dessa realidade inventada por um sonho sem fim que me diz que sou muito mais feliz quando estou em desapego, que é um tanto mais fácil encontrar-se quando está completamente perdida.
Keli Wolinger

terça-feira, 1 de junho de 2010

Super(ação)


Surpreenda-me ao demonstrar que o muito que há de mim ainda resta em você.
Deixe que as conversas sobre nossos atos falhos, assim como as suas roupas que ainda estão guardadas no velho armário caiam em desuso.
Não pinte com a cor do nada o céu que um dia já foi colorido com o nosso amor. Colha hoje os raios de sol que iluminaram o mar, que beijavam a areia onde construímos nossos sonhos.
Não abra a porta para um novo horizonte se ainda deseja nos conjugar no passado. Não faça falsas promessas, não renove velhas pretensões.
Faça-me feliz sem motivos, sem juramentos ou determinações.
Apenas surpreenda-me, pois ainda somos iguais.
Keli Wolinger
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