sexta-feira, 30 de outubro de 2009

A morte do Amor

-Teus olhos já não têm mais o brilho que tinham. -ela disse.






-Olhe para mim e me diga uma coisa agora.
Ele ergueu o rosto e olhou por cima das lentes retangulares dos óculos sem armação,
não a olhou nos olhos,
mas através dela.

-Olhe para mim.
Ele não ousava,
a conhecia muito bem e sabia que mesmo ele, não seria capaz de esconder fosse o que fosse da amiga.
Olhá-la nos olhos, seria dar-se por derrotado.
Ela manteve a postura, não foi preciso repetir o pedido.
Ele a encarou.
Ela perguntou.

-Você ama essa garota?!
A chuva pareceu aumentar ao som das palavras e a pequena marquise sob a qual se encontravam começou a encolher,
ele pegou o ar para responder de imediato.
Mas pensou,
nunca antes pensara para responder essa pergunta.
Amava.
É claro que a amava.
Se não fosse isso,
Por que teria enfrentado tanto por ela,
enfrentado o Ex psicopata.
Por que teria ficado dias ao lado dela no hospital enquanto passava pela cirurgia?
Por que teria assumido tantas responsabilidades?
Responsabilidades que nem eram dele.
Claro que a amava.
Amava?
Será que ainda amava?
Respirou.
Não respondeu. Encarou os pés.
A amiga baixou os ombros em gesto que mesclava a satisfação por estar certa -como sempre- e a tristeza, por vez que só agora o amigo se dava conta o quando seu corpo estava fundo na areia movediça.

-Eu pergunto isso porque eu te amo. Você sabe disso, e eu não quero ver você sofrer. Sei que você foi feliz com essa garota, mas agora já é outro nível, você não pode se arriscar a andar por aí e levar um tiro daquele psicopata. Eu gostaria que fosse possível você realizar seus desejos, mas não quero acordar uma madrugada e ter que ir reconhecer o corpo do meu amigo!
Ele balançava a cabeça.
Aos poucos as peças do quebra cabeça foram se juntando.
O tanto que passara até o momento. O quanto ficara obscuro com aquilo tudo.
Há meses já não era o mesmo.
Há meses trazia consigo um peso enorme sobre os ombros.
Fardo que não era seu.

-Como isso pôde acontecer?
Ela estranhou. Não eram as palavras que esperava, mas compreendeu.
Não respondeu.

-Como posso não conseguir dizer que amo a mulher que esperava um filho meu? Que esperava minha garotinha de olhos verdes e cabelo encaracolado?
Mais uma vez, a comunicação se deu sem palavras.
Ele sabia disso também.
Sabia, mas se recusava a acreditar.
Recusava-se a acreditar que aquela criança poderia não ser...

-Todos têm seus limites meu amigo.
-Sim.
Ele olhou para o chão e cerrou os punhos.
Seu peito doía, deu um passo para trás, pisou no asfalto da avenida sob a chuva e ficou a receber a água dos céus.
Dia de chuva o trafego aumenta nas ruas.
Deu mais um passo para trás, em direção ao meio da rua.

-Sim! Temos nossos limites.

Ela se precipitou, quis dar um passo na direção da rua mais algo a segurava no chão. Não saiu do lugar, quis gritar, mas a voz não saiu. Mais uma vez ela o viu dar um passo para trás, atravessava a avenida sem olhar para onde ia.

-O que você vai fazer?! -perguntou.
Ele parou de caminhar. Estava bem no centro a rua,
O semáforo na esquina abrira e os carros e ônibus que apanham os alunos na faculdade vinham em sua direção.

-O que vou fazer?
Gritava para que ela o escutasse entre buzinas e água batendo no chão.

-Vou fazer o que já deveria ter feito há muito tempo.
O barulho dos freios misturaram-se ao som das buzinas.

-Vou terminar com esse amor.

Diogo S.Campos

Quem é Diogo Campos?

Diogo Campos, na verdade meu fiel escudeiro "Dioguito"

metódico, sistemático, perfeccionista e racional ao extremo.

Um grande amigo, parceiro de balada :D e aventureiro nessa grande jornada que se chama vida.

Odeia deixar assuntos inacabados, mentiras e injustiças.

Ao longo dos seus vinte anos é acâdemico de jornalismo (por opção hehehe) trabalha muito bem com imagens e está solto no mundo à procura da felicidade.

Conheça mais sobre o Diogo Campos acesse:http://diogoninguem.blogspot.com

Keli Wolinger


quinta-feira, 29 de outubro de 2009

NINGUÉM

"Havia um trabalho importante a ser feito e todo mundo tinha certeza de que alguém o faria.
qualquer um poderia tê-lo feito, mas NINGUÉM o fez. "
Amanhã o convidado especial do blog é "Ninguém" menos que Diogo Campos aguardem...

Para descontrair uma bela música na voz de Ana Cañas.

EsconderijoAna Cañas

Procuro a Solidão
Como o ar procura o chão
Como a chuva só desmancha
pensamento sem razão
Procuro esconderijo
encontro um novo abrigo
como a arte do seu jeito e tudo faz sentido
calma pra contar nos dedos
beijo pra ficar aqui
teto para desabar
você para construir

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Just litlle patience

“O tempo não para e a gente ainda passa correndo” (Cazuza)




Acordei assustada. Um sonho terrível me despertou,
eu estava sendo seguida por uma relógio gigante.

As batidas do coração descompassadas me fizeram refletir
minha vida está passado depressa demais.

Eu vivo em perseguição atrás do tempo e
ele sempre segue na direção contrária.

Eu sigo um cronômetro diário tenho exato tempo para chegar ao trabalho, para almoçar, faculdade etc... e para ser feliz quanto "tempo” temos?

Já paramos para analisar que a cada minuto que nos magoamos, ou magoamos alguém
é um minuto a menos de nossas vidas que não podemos recuperar.

Que a cada instante de felicidade constituem momentos
dos quais serão lembrados por anos.

Perdoar não é fácil, porém não é impossível se permita “dar um tempo”,
mas não espere muito tempo para pedir, ou aceitar as explicações
porque talvez quando elas chegarem pode ser tarde demais.


“Com o tempo se aprende que paciência requer muita prática” e
que para cada minuto de intolerância seguem horas de resignação.

Viver é se permitir!

Keli Wolinger

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Carpe Diem



Aproveite seu bem mais precioso o tempo.
Sorria sem motivos, abrace demasiadamente.
Caminhe descalços, observe o mar beijar a areia.
Busque a lua - encontre as estrelas.
Seja você sempre, mas nunca o mesmo eternamente.
Morra de amor - enterre a dor.
Diga eu te amo, para seus pais, seus amigos e para
aquela pessoa que faz a sua vida especial.
Reúna os amigos - exorcize os demônios.
Simplesmente aproveite essa maravilha que se chama presente, 
mesmo que você precise ser sábio como sempre e perverso como nunca.
Keli Wolinger

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Vento


Uma tempestade se aproximava e o forte vento fazia os galhos das árvores balançarem.

- Ele vai fazer muita falta – disse Peter colocando o braço em volta do ombro de Carol.

- Vai fazer mesmo. – ela respondeu deixando uma lágrima escorrer enquanto olhava o caixão descer lentamente.

- Venha, vamos embora.

Carol com os olhos vermelhos e cansados parecia retrucar o amigo. - Venha eu te dou uma carona até em casa.

Os dois se despendem dos demais e andam até o carro. Carol olhava pela janela do carro as primeiras gotas que começavam a cair sobre o pára-brisa.

- Ele adorava a chuva – falou Carol baixinho sentindo um aperto no coração.

O carro pára em frente da casa. A chuva estava mais forte.

- Você vai ficar bem?

- Sim, acho que vou – Carol respondeu parecendo estar mais calma.

- Se quiser eu posso...

- Não, tudo bem. Eu ligo se precisar de algo. – ela diz dando-lhe um suave beijo no rosto.

Carol corre até a porta. O carro ainda fica parado e só sai quando ela entra em casa.

Um silêncio estranho toma conta do lugar, ela tranca a porta e sente algo se enroscar entre suas pernas.

- Oi Miguel, como você passou o dia? Desculpe ter deixado você sozinho – ela diz pegando o gato no colo e acariciando seu dorso.

Carol sobe a escada e entra no quarto, pela janela via a chuva ficar mais forte. Ela entra no banheiro e abre a água quente da banheira. De repente leva um susto com o barulho do telefone, ela enrola uma toalha no corpo e desce a escada.

- Alô!

Do outro lado a linha parecia estar muda.

- Alô? – ela fala mais uma vez na esperança de obter uma resposta. Que brincadeira sem graça – ela diz colocando o fone no gancho.

O banheiro já estava cheio da fumaça. Carol se deita na banheira e fecha os olhos tentando se esquecer das últimas horas.

Minutos depois ela ouve o som de algo cair no chão. A porta do banheiro estava entreaberta e Carol move sua cabeça para ver se via seu gato.

-Miguel? – ela o chama com a voz presa.

Assim que volta para o quarto ela vê o abajur de vidro quebrado próximo à cama.
Mas que droga! Como você foi fazer isso? – ela diz com lamento recolocando o abajur na mesinha-de-cabeceira.

Pela manhã o sol brilhava forte. Carol com o corpo pesado pela noite mal dormida descia para preparar o café.

Ao voltar para quarto, Carol se senta na beira da cama, passando as mãos sobre o rosto ela tentava de todas as formas não lembrar, mas era difícil esquecer do momento que recebeu a notícia que seu amigo dos tempos de colégio havia se matado. Ela olha para o relógio e pegando o casaco de cima da cadeira decide dar uma volta.

Carol anda calmamente pela calçada, o vento forte jogava seus cabelos para todos os lados, com as mãos no bolso, ela seguia olhando para cada casa que passava do bairro.

- Oi Carol, como que você está minha filha? – perguntou dona Betina pela janela de sua casa ao ver a moça passar parecendo distraída.

- Oi dona Betina! Estou bem. – ela respondeu com um leve sorriso.

- Sinto muito pelo seu amigo. Bom, me desculpe, mas tenho que fechar a janela... esse vento está enchendo a minha casa de pó.

- Ah, sim.

- Venha qualquer dia desses aqui para conversarmos e tomarmos um chá.

- Pode deixar eu irei sim. – Carol respondeu enquanto via a janela se fechando.

A caminhada durou uma hora. Fazia tempo que ela não passeava pelo quarteirão do bairro, desde que começou a trabalhar e a namorar, coisa que há tempo também não fazia devido à decepção provocada pelo ex.

Assim que chega ela vai até a cozinha, coloca as sacolas de compras sobre a mesa. Como só voltaria para o trabalho na próxima semana ela acaba voltando para o quarto na esperança de conseguir dormir um pouco.

Ao passar pela porta, Carol é surpreendida por um barulho vindo da cozinha. Rapidamente ela desce e encontra as sacolas caídas e a janela aberta. Lá fora o vento balançava furiosamente os galhos das árvores.

- Eu sei, é você.


Fernando Moraes

Quem é Fernando Moraes?

Para todos Fernando, mas para mim apenas Tadeu (ele odeia que eu o chame pelo segundo nome, porém como sempre sou diferente prefiro assim ô/).
Então ele é um "Maluco Beleza", que curte rock, escreve poesias, adora ler é amigo da natureza, odeia injustiças e hipocresia, sonhador e um grande amigo.
Brincadeiras à parte ele é acadêmico de jornalismo, já escreveu diversos contos dos quais aguarda para lançá-los em um livro.
Uhu!

* A biografia do autor é por minha conta rss =P.

Keli Wolinger


quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Reflexão



"Crie filhos em vez de herdeiros."
"Dinheiro só chama dinheiro, não chama para um cineminha, nem para tomar um sorvete.”
Não deixe que o trabalho sobre sua mesa tampe a vista da janela."
"Não é justo fazer declarações anuais ao Fisco e nenhuma para quem você ama."
"Para cada almoço de negócios, faça um jantar à luz de velas."
"Por que as semanas demoram tanto e os anos passam tão rapidinho?"
"Quantas reuniões foram mesmo esta semana? Reúna os amigos. "
"Trabalhe, trabalhe, trabalhe. Mas não se esqueça, vírgulas significam pausas..."
"...e quem sabe assim você seja promovido a
melhor(amigo/pai/mãe/filho/filha/namorada/namorado/marido/esposa/irmão/irmã...etc.) !"
" Você pode dar uma festa sem dinheiro. Mas não sem amigos. "
Autor :Campanha publicitária do Citibank
PS: O Blog Anacrônica a partir de amanhã trará novidades. Textos de autores especiais :D ,meus queridos amigos. Amanhã um conto de Fernando Moraes aguardem...
Keli Wolinger

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Meia década...

“No Amor não escolhemos somos escolhidos” (Mr. Pi)

Que o tempo passe...
e o vento traga a certeza de que nada foi em vão.

Quando sentirmos que não existem mais forças,
as lembranças de tudo o que vivemos nos fará seguir adiante.

Que o medo não nos torne menos sonhadores.

Que as diferenças não se sobressaiam entre as semelhanças.

Que as lágrimas derramadas sejam de felicidade.

Que o abraço conforte e o beijo sele
o que a razão desconhece e o coração chama de amor.

Obrigada! Hoje é um dia especial para comemorarmos segundo Rafinha Bastos, nossa “Boda de Nitrato de Prata” meia década compartilhando nossas vidas.

Keli Wolinger

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Momentos


Tem momentos na vida em que nos calamos diante de um sentimento...
Pois palavras não o definem, somente o silêncio o conseguem traduzir.
Mentir querendo ser sincero, amar demasiadamente o que se desconhece, sofrer por querer voltar e não conseguir.
Ir para onde, se nem mesmo se consegue sair do lugar.
Na garganta um grito preso, no coração um amor incontrolável....
Não se pode dizer que esquece algo que nunca aconteceu.
Apenas limita-se a deixa-lo no pensamento.
Keli Wolinger

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Crônica do Amor


Hoje é dia de Arnaldo Jabor....

Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.
Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.
Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam.
Então?
Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha.

Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara?
Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco.

Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?Ah, o amor, essa raposa.
Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.Não funciona assim.Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.

sábado, 10 de outubro de 2009

Permita - me ser...


Eu tenho fases como a lua,
depende de como estou posso parecer serena como brisa ,
ou devastadora como terremotos.
Não seja alvo da minha ira, mas conheça
meu perdão .
Não sou tão bondosa quanto o que o mundo exige,
mas não sou ta má quanto pareço.
Metade de mim é amor a outra é loucura.
Perdoa-me então se tudo em mim é demais .
Eu sou a deusa e pecadora depende do
que me fizer uma delas responderá.
Nem tudo que me fizerem perdoarei, todavia tudo será esquecido por um tempo.
Quando me convir saberei a hora certa de cobrar e o que exigir.
Apenas me permita ser eu.... não é pedir demais.
Keli Wolinger

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Se fôssemos anjos


Se fôssemos Anjos,
voaríamos até o limite
das nossas capacidades,
e buscaríamos o impossível,
dentro do universo,
dentro de nós mesmos.

Se fôssemos Anjos,
não mais magoaríamos uns aos outros,
pois seríamos iguais,
nas palavras, nas atitudes na liberdade!
Talvez pudéssemos ser mais livres.
Nosso amor poderia ser diferente,
e nossas alegrias menos sofridas.

Se fôssemos Anjos,
talvez não tivéssemos tantos medos,
ou talvez o céu nos acolheria
e abençoaria os nossos sentimentos.

Se pudéssemos voar,
voaríamos até o limite das nossas capacidades
e buscaríamos o impossível
dentro do universo, dentro de nós mesmos

Se fôssemos Anjos,
não mais magoaríamos um ao outro
pois seriamos iguais.


(Autor desconhecido)

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Somente um dia


Dentro de mim não há razão para não ser para sempre.
Talvez não haja volta, a decisão já foi tomada as palavras ditas e o sentimento lançado ao vento.
Que eu possa ao menos dizer te amo nos meus sonhos mais loucos, que você volte depois da curva do amanhã, que você possa ser o meu presente de hoje.
Que a minha solidão tenha a companhia do seu sorriso, que a sua ausência não seja maior que a distância dos seus lábios sussurrando em meu ouvido. Que o único som que faça você se calar seja o que vem das batidas do seu coração.
Que minhas mãos possam te alcançar quando você precisar, que minhas esperanças se renovem cada vez que seus olhos se abrem.
Que o amanhã traga a certeza de que nada foi em vão.
Que eu aprenda que distância não significa esquecimento, que você se aconchegue em meus braços e eu possa te ver adormecer e desta forma livrar-te de todo mal.
Que compreenda que o amor é como o sol você não precisa ver para saber que ele existe.
Que eu não precise procurar por aquilo que já encontrei.
E que quando você acreditar que meu amor era tão grande quanto descrevi apenas sorria e contemple o que eu chamo de felicidade.
Keli Wolinger

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

“O amor é fogo que arde sem se ver”

“É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.”

Os filósofos do amor são loucos. Ou melhor,
as teorias sobre o amor são insanas, ninguém
ama outra pessoa pela paz e calmaria que essas trazem consigo.
Pelo contrário se ama pela tormenta que elas causam dentro do seu peito, pela devassidão do vento que varre a razão deixando florar as emoções.

No amor é preciso ser forte. É como estabelecer uma tenda sobre uma rocha.
As intempéries virão. Deixe-se levar pelos ventos que sopram em seu rosto enquanto se joga para o abismo.

Diga sim querendo dizer não. Deixe acender as
chamas que consomem seu peito.

Se aventure no desassossego, sorria a cada instante,
beije, abrace, deixe a tristeza para depois mesmo que tenha certeza que ela possa vir .
Não conte os dias, horas aproveite os momentos isso se chama viver.

Keli Wolinger
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